Rafael Arbulu
Interação em redes sociaisé algo que, goste ou não, exige certa etiqueta: você não pode, por exemplo, ofender alguém gratuitamente sem esperar nada em troca - e, pior, por ser uma rede social, a ofensa direcionada nunca fica somente naquela pessoa, mas outros podem criticar sua atitude e se ofenderem com ela.
No Twitter, existem diversas "leis não-escritas" que devem ser seguidas para aumentar o número de followers. Mas, por outro lado, existem atitudes que colaboram apenas para uma fuga em massa de seguidores. Abaixo, você confere cinco delas, elaboradas pelo site FastCompany:
1) O retweet "dando os parabéns para eu mesmo":
Todo mundo gosta de receber elogios. Quando um leitor nosso mostra uma opinião favorável às nossas matérias, sempre nos sentimos muito felizes. No Twitter, elogios ao seu trabalho ou ao seu caráter também podem acontecer. O problema é você querer que todo mundo saiba o quanto você é amado.
Existem pessoas que apenas retuitam o elogio, e nisso reside o erro: retuitar, gratuitamente, um cumprimento recebido apenas faz com que os outros pensem que você quer esfregar isso na cara de todo mundo - chamar atenção para um fato isolado que lhe favorece. Quer uma dica? Se for retuitar um elogio, use a versão manual (digitar "RT + perfil de quem o elogiou + mensagem"), mas comentando a mensagem - um agradecimento ao elogio já é suficiente.
2) Momento ruim para "aquela" mensagem
Em março de 2010, o diretor comercial da Locaweb, Alexandre Glikas, foi demitido da empresa por provocar torcedores do São Paulo. Corinthiano assumido e torcedor fervoroso, Glikas estava em seu perfil no Twitter durante a partida. Diante da vitória corinthiana, ele citava por diversas vezes o nome da Locaweb junto de mensagens ofensivas ao time adversário. O problema é que, poucas semanas antes da partida, a Locaweb havia assinado um acordo de patrocínio com o São Paulo - o logotipo da empresa seria anexado à manga dos jogadores.
Desnecessário dizer o quanto isso foi inoportuno. Hoje, Glikas é novamente diretor comercial da Locaweb, porém seu perfil no Twitter não teve nenhuma atualização posterior a novembro de 2010. As mensagens ofensivas foram apagadas, salvo o pedido de desculpas do executivo.
3) Linguagem incoerente automatizada
Uma facilidade das redes sociais é a variedade de programas que integram todas as suas contas em um único painel de controle. É muito cômodo ver que seu tweet foi publicado também no Facebook - e essa integração é amplamente recomendada, com ressalvas.
Por exemplo, empresas que anunciam no Twitter promoções baseadas em "Likes" do Facebook. Ou usuários que usam o microblog para citar diversas pessoas, usando o "@nomedoperfil", e postando essa mesma mensagem no Facebook. Parece pouco, mas existe até livro sobre isso, chamado Un-Marketing (sem versão brasileira), de autoria de Scott Stratten.
4) Partir para "os finalmentes"
O exemplo dos comentários ofensivos já foi usado, mas vale estendê-lo um pouco mais. Existe uma pesquisa da Nielsen-McKinsey que indica: a maior parte dos bloqueios/exclusão de amigos no Facebook vem de comentários ofensivos. E quando dizemos "ofensivos", não é somente aquele em que você xinga alguém. De repente, a forma como você expressa a sua opinião pode soar rude à atenção dos outros - isso também colabora com a questão da "imagem social": você não será bem quisto em canais de relacionamento agindo como um mal educado.
5) Ignorar seus amigos/fãs
Esse é um mal do qual sofrem algumas celebridades: quem tem muitos seguidores no Twitter sabe como é difícil responder a todo mundo. Convenhamos, quando uma pessoa tem 19 milhões de pessoas querendo interagir com você ao mesmo tempo, não há como satisfazer todo mundo.
Mas isso não é motivo para se manter em silêncio: se você puder, responda a quem interage com você, ou de alguma forma deixe que essas pessoas saibam o quanto você as aprecia (uma mensagem sem mencionar ninguém, mas falando de todo mundo, por exemplo). Assim, evita-se que seus seguidores simplesmente parem de lhe procurar.olhardigital.uol.com.b
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