A participação da Apple no florescente mercado chinês de celulares inteligentes caiu pelo segundo trimestre consecutivo, em outubro-dezembro, diante de marcas locais mais baratas e da hesitação de alguns compradores chineses que preferiram esperar pelo lançamento do iPhone 4S no país, em janeiro.
A China, maior mercado mundial de celulares, não é um território fácil para a Apple, que enfrenta um processo de uma companhia local pelo uso do nome iPad e questões quanto aos salários e condições de trabalho nas fábricas de seus fornecedores.
Com o número de assinantes de telefonia móvel próximo de ultrapassar a marca de 1 bilhão este ano na China, existe concorrência feroz com a sul-coreana Samsung Electronics, a Nokia e as companhias locais Huawei Tecnologies e ZTE.
Embora a Apple tenha reconquistado seu posto como maior fabricante mundial de celulares inteligentes, no quarto trimestre e para o total do ano passado, na China ela caiu à quinta posição, depois de ser ultrapassada pela ZTE. A participação da Apple no segmento chinês de celulares inteligentes caiu a 7,5 por cento, ante 10,4 por cento no terceiro trimestre.
No trimestre passado, a Samsung superou a Nokia e chegou ao primeiro posto, com 24,3 por cento do mercado, mais de três vezes a participação da Apple, de acordo com dados do grupo de pesquisa Gartner. A fatia da Nokia se reduziu a menos da metade no ano passado, de mais de 40 por cento no primeiro trimestre a menos de 20 por cento no quarto trimestre.
"Os fabricantes chineses de celulares vêm promovendo ativamente seus celulares inteligentes junto às três operadoras chinesas de telefonia móvel, e com isso vimos a ZTE e a Huawei ganhando significativas participações de mercado", disse CK Lu, analista do Gartner em Taipei.
O Gartner informou esta semana que esperava queda na participação de mercado da Apple durante os próximos dois trimestres, agora que o recente modelo 4S deixou de ser novidade.
No primeiro trimestre do ano passado, a ZTE detinha três por cento do mercado, mas encerrou 2011 no quarto posto do ranking, com mais de 11 por cento de participação.
As empresas chinesas estão gradualmente conquistando espaço maior na parte mais sofisticada do mercado, lançando celulares inteligentes com mais e mais recursos.
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